quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Se eu fosse um padre

                                  Mário Quintana

Se eu fosse um padre, eu, nos meus sermões,
não falaria em Deus nem no Pecado
muito menos no Anjo Rebelado
e os encantos das suas seduções,
não citaria santos e profetas:
nada das suas celestiais promessas
ou das suas terríveis maldições…
Se eu fosse um padre eu citaria os poetas,
Rezaria seus versos, os mais belos,
desses que desde a infância me embalaram
e quem me dera que alguns fossem meus!
Porque a poesia purifica a alma
… a um belo poema – ainda que de Deus se aparte -
um belo poema sempre leva a Deus!


(Nova antologia poética - página 105)

Gênero lírico
Tema: a poesia
Tese: Por todo o bem que a poesia faz um padre ao invéz de seguir a rotina poderia falar da poesia, dos poetas, dos lindos versos.

2 comentários:

  1. Concordo com o Mário, a poesia é quase que uma sessão do descarrego para limpar a alma das mais diversas coisas impuras que tem.

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  2. É... não concordei muito com Mário em relação à declamação de poemas na celebração, mas poemas são externalização dos sentimentos e conforta bastante.

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