terça-feira, 14 de agosto de 2012

Hagiografia de Santa Terezinha

Marie Françoise Teresa Martin nasceu em 02 de janeiro de 1873 em Alençon (França), filha de Louis Martin e Zélie Guérin. Desde muito pequena, Teresa exigia muitos cuidados por ser muito franzina e doente. Logo ela aprendeu a sofrer e a oferecer seus sofrimentos por aquele que morreu por nós no alto do Calvário para nos dar a vida. Um de seus maiores sofrimentos foi a perda de sua mãe, que morreu prematuramente em agosto de 1876.
Teresinha, como era chamada por seus familiares, fora sempre muito estimada por todos por ser conservada e inocente.
Desde cedo, Teresa sente que é chamada a uma vocação de entrega total a Deus, vê que sua vocação é a religiosa. Por ser muito nova não era aceita nos conventos de Lisieux, cidade em que morava desde o falecimento de sua mãe. Em 1887 é assistida em audiência pelo Santo Padre em Roma e pede exceção para entrar no Carmelo, pois queria ser carmelita. Concedida a autorização ingressou em 9 de abril de 1888 no convento das Carmelitas Descalças de Lisieux, tomando o nome de Thérèse de l'Enfant Jesus.
Ao fazer sua profissão religiosa em 8 de setembro de 1890, tomou outro nome, Thérèse de l'Enfant Jesus et de Sainte Face (Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face).
Teresa de Lisieux, como ficou conhecida depois de sua morte, não fez sacrifícios monumentais, jejuns longos como outros grandes santos ou milagres estupendos, com a graça divina santificou-se amando, amando sem limites a Deus Nosso Senhor Jesus Cristo. Teresa discerniu que o Amor seria a virtude principal que a santificaria, o amor a Deus acima de todas as coisas.
Sua vida no Carmelo não fora nada fácil, passara anos como Mestre de noviças e tal era sua santidade que pediu a função que nenhuma outra carmelita queria receber: a de ajudar na rouparia uma freira que vivia reclamando da vida e de suas irmãs religiosas.
Com a saúde muito débil, Teresa adoentou-se muitíssimas vezes no Carmelo, talvez pela falta de uma alimentação que uma jovem de 16 anos deveria ter, ou pelos longos jejuns que eram realizados durante as Quaresmas.
Em 30 de setembro de 1897, com 24 anos, Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face falece despetalando rosas com os olhos postos na Virgem do Sorriso, devido a tuberculose que contraíra. Na manhã do dia 30 disse: "eu não me arrependo de me ter abandonado ao Amor."
Thérèse de l'Enfant Jesus et de Sainte Face foi canonizada pelo Papa Pio XI em 17 de maio de 1925, recebendo o nome de Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, ou popularmente, Santa Teresinha.
Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face é padroeira dos missionários Católicos.
Santa Teresinha foi uma das maiores santas do século XIX.

Hagiografia de São Bento

Bento nasce na pequena cidade de Norcia, lá pelo ano 480 d.C. e foi considerado o patriarca do monaquismo ocidental porque foi o principal legislador, reformador e unificador. Foi mandado pelos pais a Roma, porém, temendo de perverter-se em contato dos maus exemplos dos seus companheiros, se retirou em solidão antes a Enfide, cidade em Sabina, e depois perto de Subiaco onde um monge, Romano, o revestiu da veste religiosa.
Com morte do abate os monges de Vicovaro, o convidaram a assumir a direção da comunidade. Não conseguiu, porém, reconduzir esta comunidade a uma vida mais regular, voltou na solidão, a uma vida eremítica. Construiu doze pequenos mosteiros que com o passar do tempo foram todos destruídos, com exceção do atual mosteiro de Santa Escolástica.
Em Subiaco começou a estender a sua Regula em latim vulgar, conforme a exigência espiritual e material dos leigos que queriam tê-lo como guia.
Bento se estabeleceu sobre o monte acima da planície do vale do Liri; abateu os altares das falsas divindades, cortou os bosques sagrados e com assídua predicação conversava com os roceiros que eram ainda pagãos. A fama de santidade de S. Bento e de virtude dos seus sequazes logo fez célebre o cenóbio, que recebeu grandes donações do patricio Tertullo e da Gesulfo. Sobre o monte foi um contínuo vai e vem de pobres pessoas para pedir ao taumaturgo ajuda e proteção; de eclesiásticos para pedir conselhos ao santo; de potentes do século, para pedir ao vigente sábios ensinamentos.
A Regula que disciplina a vida interna e externa da comunidade monástica, até o séc. XII durou sem contraste. Ela propõe ao religioso um programa de vida baseado na oração e no trabalho, a estabilidade do lugar, a conversão dos costumes e a obediência ao governo patriarcal do Abade.
Mais ou menos quarenta dias após que S. Bento tinha visto a alma da irmã voar ao céu em forma de pomba, comunicou a alguns discípulos o dia da sua morte. Seis dias antes fez abrir o túmulo, depois, com violenta febre, o dia 21 março quis ser conduzido ao oratório.
Depois de ter recebido a Eucaristia, enquanto rezava em pé, entregou o seu espírito a Deus entre os braços dos seus discípulos. O seu corpo foi colocado perto daquele da irmã, no sepulcro que tinha feito preparar debaixo do altar de S. João Batista.
S. Bento foi em várias maneiras tentado pelo diabo e sempre saiu vitorioso. Exortava a fazer o sinal da cruz no coração para ser liberados das sugestões diabólicas.
Com este sinal de salvação, S. Bento se liberou do veneno que alguns maus monges lhe ofereceram em um recipiente de vidro que continha a mortal bebida. Bento levantou a mão e fez o sinal da cruz. O santo sinal reduziu em pedaços aquele vaso de morte, como se al lugar de uma benção, tivesse sido atirada uma pedra. O episódio, segundo o reconto de S. Gregorio Magno teve que inspirar as palavras do exorcismo referidas à bebida que é oferecida pelo maligno, assim como a proteção atribuída ao sinal da cruz.